A toxina botulínica, bastante conhecida pela sua aplicação nos tratamentos médicos estéticos para a atenuação de rugas da face, trata-se de uma neurotoxina de origem bacteriana de alta especificidade, cuja administração é extremamente segura, se respeitados as indicações e protocolos.
Sendo uma “neurotoxina”, ela age diretamente no sistema nervoso, determinando a ocorrência de paralisias ou contraturas musculares no nosso corpo, descobrindo-se, a partir destes efeitos, as suas possibilidades terapêuticas em relação a algumas patologias, desde que utilizada em quantidades corretas.
Na região em que é injetada, a toxina botulínica age bloqueando a liberação da acetilcolina – um químico neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Uma vez que a acetilcolina está bloqueada, sem que as fibras recebam ordens para se movimentar, impede-se a contração das células musculares.
Entre os tratamentos para os quais a área médica a aplica, assegurando a qualidade de vida de muitos pacientes, constam distúrbios como a espasticidade e distonias.
No primeiro distúrbio, uma sequela de lesões do sistema nervoso central desencadeia a contração involuntária, violenta e súbita dos músculos, podendo ser originada, por exemplo, por um traumatismo craniano, derrame ou paralisia cerebral
No segundo, em decorrência dessa contrição – que tanto pode ser ocasionada devido a lesões do sistema nervoso central como também por lesões medulares –, o tônus muscular sofre um descontrole e/ou distorção, dificultando, assim, a realização de movimentos, bem como provocando uma alteração na postura.
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